Ratos da Metrópole
Daqui de baixo vejo tudo. São seres que andam sobre duas pernas. Alguns altos outros baixos, alguns gordos outros magros. Mas sempre desconfiados e presos ao ritmo da cidade.Quando o sol se esconde as verdadeiras faces aparecem. Canetas são trocadas por cigarros, o prazer de uma xícara de café agora só se satisfaz através da carne e o silêncio impetuoso das salas de reunião torna-se uma música penetrante e envolvente.Na cidade não existe distinçÃo entre o inseguro e o discreto. Todos estão imersos num ciclo vicioso onde a rotina mistura-se com a fumaça.É um constante conflito interno entre interesses e desejos onde só existe uma escolha: ser bom ou ser mais um. Mesmo que isso envolva sua própria dignidade.
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